E então você está se sentindo desanimada.
Sem energia.
Aquele cansaço que não passa, aquela preguiça monstro.
E isso sem falar no humor terrível, na falta de paciência, na dificuldade de concentração.
E você simplesmente não sabe o que pode ser.
É quando você cogita que pode estar passando por um episódio de depressão, o que é uma hipótese válida. Afinal, dados do Ministério da Saúde apontam (veja aqui) que o Brasil é o país da América Latina com maior índice de prevalência de depressão.
Mas muita calma nessa hora.
Antes de pensar que você está engrossando as estatísticas de pessoas que sofrem com depressão, que tal trabalhar numa explicação mais simples?
No caso, que tal verificar se você está ingerindo a quantidade necessária de uma vitamina que é essencial para combater muitos dos sintomas associados à depressão, como fadiga, falta de concentração e mau humor?
Sim! Uma grande melhora na sua qualidade de vida pode estar bem aí, ao alcance de uma simples vitamina – e que pode ser obtida naturalmente, sem necessariamente recorrer à alimentação ou à suplementação.
Então vamos falar sobre a vitamina D?
Destaques do Artigo
A importância da Vitamina D
Esta é uma daquelas vitaminas versáteis cuja ação afeta diversos aspectos de nossa saúde.
Ela atua na absorção de cálcio e fósforo, do que acaba influenciando uma ampla faixa de processos em nosso organismo, como a saúde de ossos e músculos.
E se você lembrou da osteoporose, você está certa.
Conforme comunicado da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo a ingestão desta vitamina é um fator de prevenção ao desenvolvimento de osteoporose, condição marcada pelo enfraquecimento dos ossos.
Níveis deficitários de vitamina D também estão associados à imunidade baixa, sabia? Logo, se você é o tipo de pessoa que vive resfriada, gripada, ou com aquela garganta arranhando, saiba que você pode estar com baixos níveis de vitamina D.
Certo. Mas e os sintomas depressivos?
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Vitamina D e sua ação nos sintomas depressivos
Essa vitamina também pode ter um papel fundamental para quem sofre de desânimo e outros sintomas relacionados.
Em pesquisa realizada pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), comprovou-se que a vitamina D combate sintomas associados à depressão.
E não só ela atua combatendo esses sintomas quando eles já estão instalados, como também atua prevenindo que eles venham a aparecer.
Outro estudo, da Associação Americana de Ansiedade e Depressão (ADAA), revela uma ação ainda mais ampla, associando a ingestão de vitamina D a uma menor incidência de emoções negativas.
A explicação para esse efeito sensacional é que, dentre todas as funções da vitamina D, ela também age favorecendo a produção de dopamina, um neurotransmissor relacionado à sensação de bom humor e prazer (veja aqui).
Por essas e outras, muitos profissionais de saúde, quando suspeitam de um quadro de depressão, pedem exames de sangue para determinar se o paciente está ou não sofrendo de deficiência de vitamina D.
Afinal, antes de mergulhar nos mistérios da psique e nos fatores multicausais de um quadro depressivo, é preciso eliminar as possibilidades mais elementares… e é incrivelmente comum que as pessoas tomem por depressão uma simples deficiência de vitamina D.
As fontes de vitamina D
Por incrível que pareça, essa vitamina é produzida naturalmente pelo nosso organismo.
Isso mesmo, naturalmente, você não precisa fazer nada para que isso aconteça… desde que tome sol.
Sim, é pela exposição da nossa pele aos raios solares que nosso organismo produz naturalmente vitamina D.
A recomendação é que, diariamente, aconteça uma exposição de 20 minutos ao sol, e de preferência das 10h00 às 15h00, que é quando a incidência de raios solares é maior.
Aí vale se expor mesmo, com braços e pernas, protegendo somente o rosto.
E a menos que você já tenha algum problema de pele que exija cuidados com o sol, não precisa se preocupar, tá bom? Esse breve tempo de exposição diária não será o suficiente para causar algum mal.
Claro, alguns alimentos também fornecem vitamina D. Ovos, leite e peixes são as principais fontes. O problema pode ser ingerir esses alimentos: quem aí come peixe frequentemente? Leia mais sobre os benefícios de uma alimentação saudável para o corpo e mente
E a suplementação? Preciso suplementar vitamina D?
Agora, se você, por algum motivo, não pode tomar sol, ou simplesmente tem uma rotina tão corrida que não consegue fazer atividades ao ar livre durante o dia, e tua alimentação não inclui os alimentos adequados, a suplementação pode ser uma boa saída.
É um dos suplementos mais fáceis de encontrar e também dos mais baratos.
Mas, claro, busque sempre por marcas de qualidade e referência, ok?
A dosagem da suplementação de funciona assim:
- em termos gerais, para um adulto saudável, encontra-se suplementos que fornecem 200UI (equivalente a 5 mcg), quantidade que atende aos 100% da ingestão diária recomendada;
- em termos mais específicos, para adultos visando a correção de deficiência nutricional, encontra-se suplementos que fornecem 2000UI (equivalente a 50 mcg), ou até mais.
Aqui, porém, dois avisos super importantes.
Primeiro, a vitamina D em excesso causa toxicidade, com sintomas nada agradáveis como náusea, dores abdominais e desidratação.
Segundo, justamente pelo risco de toxicidade é importante obter recomendação profissional antes de usar um suplemento.
Portanto, nada de sair por aí tomando vitamina D à revelia.
Dê importância aos seus níveis de vitamina D
Faz parte da vida passarmos por momentos mais tenebrosos quando tudo parece um interminável inverno cinza, frio e sem graça.
E quando esses momentos se prolongam no tempo, e em intensidade, é preciso ficar atento; pode sim ser algo mais sério, como depressão.
Porém, antes de buscar a ajuda de um psicólogo, pode ser interessante uma medida mais simples e fácil: um exame de sangue para medir os níveis de vitamina D. Qualquer laboratório consegue realizar o exame. Se tem uma vitamina que não pode ser menosprezada quando o assunto é bem-estar, essa vitamina certamente é a vitamina D.
