Ah, a boa e velha autossabotagem…
“Olha só pra fulana! Tão magra! Eu nunca vou conseguir ser assim!”
“Não perdi peso algum nessa semana, isso não tá funcionando!”
“Hoje não resisti e comi aquele bolo… é isso, não adianta, não vou mesmo conseguir.”
“Minha vida tá corrida demais, problema demais, não tem como eu me dedicar a perder peso justo agora!”
Quem nunca, né?
Sim, o emagrecimento efetivo é uma luta contra as calorias e o sedentarismo. Mas se você não combater também as armadilhas mentais durante esse processo, dificilmente aquela luta trará bons resultados.
Profissionais especialistas em perda de peso já reconhecem que é fundamental que seus clientes exercitem também a forma de pensar. Em alguns casos, até mesmo a psicoterapia é recomendável.
Porém, calma.
Antes de se desesperar e ver aí mais um impeditivo para seu emagrecimento (o que já é uma armadilha mental em funcionamento!), que tal praticar um pouco de autoconhecimento? Conhecimento é poder! Nós do Saúde Sem Segredo preparamos um ótimo conteúdo pra você.
Vamos mostrar para você 6 armadilhas mentais que sabotam o seu emagrecimento, e é certo que da próxima vez que uma delas aparecer no seu caminho, você estará mais preparada para se esquivar.
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1 – Buscar a perfeição
Acreditamos que um plano de emagrecimento deve ser bolado com exatidão milimétrica; a execução, então, deve ser simplesmente perfeita.
E até aí tudo muito bonito.
Mas ao surgir um deslize – e ele vai surgir, é inevitável -, pronto, desespero.
Foi-se a exatidão, foi-se a perfeição. O esforço anterior parece perdido, continuar a esforçar-se parece inútil.
Resultado? Abandono e vagos planos de um dia tentar de novo…
Tenha um plano, mas não seja perfeccionista. Haverá deslizes, tropeços, lanchinhos calóricos quando você devia se contentar com uma maçã.
Mas o processo é isso mesmo: altos e baixos, idas e vindas.
Buscar a perfeição é um erro, e só faz abrir a porta para frustrações.
2 – Pensar grande – mas grande demais
É tentador estabelecer uma grande meta, aquele grande objetivo de tantos quilos em determinado período de tempo.
Ok, metas são coisas boas… mas só se na medida certa.
Grandes metas geram grandes expectativas, o que se converte em grandes cobranças – e grandes chances de desânimo diante das dificuldades.
Em vez de planejar grandes cenários com meses de duração e resultados expressivos, vá com calma, por etapas. Concentre-se naqueles pequenos atos que podem ser feitos hoje, nessa semana.
Cortar o açúcar do café? Não pedir aquela pizza de quatro queijos de meio de semana? Caminhar 30 minutos por dia? Ver na balança que lá se foram 200g no peso?
Pequenas ações assim, acumuladas e valorizadas, é que levam a um resultado sólido.
3 – Usar comparações inadequadas
O mundo da beleza é cruel, e seu último requinte de crueldade são as redes sociais: somos bombardeados com tantos ‘modelos’ para nos inspirar a perder peso, que resistir a comparações é muito difícil.
E é aí que está a armadilha.
Muitos influencers têm uma vida completamente distante da vida de nós, meros mortais que precisamos nos virar nos trinta para conciliar trabalho, família, lazer e ainda tentar perder de peso.
Essas comparações reforçam um latente sentimento de derrota. Parece que aquelas marmitas fitness (sempre mais bonitas e apetitosas que as suas, aliás) e aquela barriga chapada é mera questão de dedicação, de força de vontade; se você não consegue, é só porque você não se dedica de verdade…
Um enorme sentimento de culpa!
Faça uma limpa nas suas redes sociais. Livre-se de perfis que vendem um estilo de vida completamente fora da tua realidade. Se for para se inspirar, se inspire em alguém de carne e osso que você conheça.
4 – Acreditar que o progresso é linear
O nosso organismo é incrível. Seu poder de adaptação e transformação é notável… Mas não, não somos máquinas.
A perda de peso é um processo sujeito a muitas variáveis.
Desde flutuações hormonais até empecilhos da vida cotidiana, são muitos os fatores que tornam irreal acreditar num progresso constante.
Então, não, os quilinhos a mais não irão embora como numa fórmula matemática exata e com resultados sempre crescentes.
Esperar que o corpo aja como uma máquina só servirá para despertar a sensação de incapacidade quando você descobrir que ele não é uma máquina.
Aceite o processo como ele é, com todas as variações e imprevisibilidades possíveis. Está há um tempo estagnada sem resultados? Sem grilo: é só isso, um breve período, que a longo prazo não fará diferença.
5 – Supervalorizar o sofrimento
Ok, fazer uma dieta e iniciar uma rotina de exercícios físicos visando emagrecer pode não ser fácil para quem está começando, mas não se deve glamourizar o sofrimento – e muito menos se abraçar a ele.
Quanto mais você murchar os ombros e pensar na dificuldade de perder peso, mais traumático e difícil será o processo.
E isso pode até te fazer sentir um pouco mais herói e gerar uns posts inspirados no Instagram, mas ao longo do tempo se converte em menor resiliência. Afinal, quem é que gosta de sofrer?
Perder peso não pode soar como um decréscimo em sua vida. É justamente o contrário, um acréscimo: saúde, bom humor, disposição, autoestima.
É aquela chavinha para chegar em casa no final do dia e ainda ter energia para brincar com os filhos.
Foque nisso. O que estou construindo? O que que estou conseguindo? Quais mudanças estou promovendo em minha vida?
Dieta e exercícios, nesse cenário, deixam de ser sinônimos de sofrimento, e abrem as portas para a sensação de realização.
6 – Encarar o emagrecimento como um isolamento.
Quando operamos mudanças na dieta, a sensação é de que nossas refeições passam a ser momentos frágeis, delicados, quase sagrados, que precisam ser protegidos a todo custo.
Imagine então comparecer numa festinha de aniversário ou ir num barzinho… Impossível!
Ora, impossível mesmo é querer ter resultados duradouros com essa mentalidade de tanta privação. Você cometerá algum deslize (inevitável, lembre-se!), o que gerará culpa, que crescerá em frustração e, a partir daí, academia só na próxima promessa de ano novo – e olhe lá.
O sucesso se consolida numa atitude flexível e adaptativa.
Claro que haverá algo de errado se todo dia você bater ponto no chope com batata frita; porém, eventualmente, no transcorrer se uma rotina equilibrada, não é exatamente isso que vai pôr tudo a perder.
E sempre há opções mais saudáveis, mesmo naquela festinha de aniversário. Se não mais saudáveis, pelo menos porções menores, mais comedidas, que não representam excesso algum – a diferença entre provar o brigadeiro e matar a fome com brigadeiro.
Entenda que a rotina de emagrecimento deve ser condizente com uma vida de verdade.
Conclusão de emagrecimento e autossabotagem:
As armadilhas mentais são poderosas e podem minar nossos esforços contra o emagrecimento.
Mas não se desespere, o autoconhecimento é a chave para enfrentá-las. Buscar a perfeição, estabelecer metas inalcançáveis, fazer comparações inadequadas, esperar um progresso linear, valorizar o sofrimento e se isolar não são caminhos para o sucesso. Em vez disso, adote uma abordagem flexível e adaptativa, focando em pequenas ações e reconhecendo cada conquista.
Aceite que o processo tem altos e baixos, mas o importante é persistir e valorizar todas as mudanças positivas que ele traz para sua vida. Assim, você estará preparado(a) para enfrentar essas armadilhas e seguir em direção ao emagrecimento com mais equilíbrio e autoconfiança.
Lembre-se: a jornada de perda de peso é uma oportunidade de transformação pessoal e bem-estar, e o sucesso está ao seu alcance!